“Nenhuma atividade é capaz como a artística de dar ao ser humano o sentido de integração, conscientização e incorporação ao seu “eu” e ao seu meio: e isto é afinal a própria essência da educação.”
Anísio Teixeira
Educador
O Projeto
Este projeto foi detalhadamente desenvolvido, visando àqueles que acreditam no papel essencial que a música pode desempenhar na Educação, e se sentem motivados a incluí-la em seu trabalho pedagógico.
Música e Educação Básica: Como encontrar caminhos?
Por que incluir a atividade musical na Educação Básica? E como fazer isso? Nem sempre é fácil para as pessoas vislumbrar o lugar da atividade musical e o seu papel no processo educacional.
É comum ainda hoje pensar em música na escola como atividade de simples entretenimento, como recurso condicionador e disciplinador ou mesmo como atividade de desenvolvimento de habilidades específicas como tocar instrumentos. Contudo, o educador não deve se afastar de sua responsabilidade essencial, que é o desenvolvimento global do aluno. A preocupação do educador, neste sentido, deve a de entender como o desenvolvimento cognitivo
proporcionado pelas diversas atividades específicas se conectam com um desenvolvimento amplo e geral dos potenciais dos alunos. Quando crianças e jovens têm oportunidade de experimentar a música no âmbito de um processo educacional mais amplo, em geral despertam para um poderoso recurso de expressão e de exercício de autoconhecimento, de integração e de articulação com o mundo.
1. Legenda
Não podemos esquecer que a expressão artística nasce da vontade e da imaginação, e não de regras de combinação. Os benefícios cognitivos do exercício da criatividade musical estão justamente ligados à predominância da imaginação sobre os estereótipos do conhecimento.
2. Legenda
A música na Educação Básica
Por que incluir a atividade musical na Educação Básica?
Como encontrar os caminhos?
Música e Educação Básica
O exercício dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor dirigido pelas “atitudes de escuta”.
Autoconhecimento
O que fazer para se conhecer melhor musicalmente? Por que precisamos de música?
Desenvolvimento musical
Habilidades perceptivas e produtivas, espontaneidade e ordenação, concreto e abstrato.
Habilidades musicais
Como desenvolver habilidades musicais? Como avaliá-las? A que estão relacionadas?
Criação musical
O exercício da intenção e dos meios da expressão musical. As potencialidades da improvisação.
Música na sala de aula
Autoestima, curiosidade, motivação: colocando o “como aprender” antes de “o que aprender”.
Autores
Adriana Rodrigues
Vice-presidente do FLADEM (Internacional) Foro Latinoamericano de Educación Musical (2023-2025). Doutora e Mestre em Música e Educação (UNIRIO), graduada em Musicoterapia e licenciada em Música (Conservatório Brasileiro de Música – Centro Universitário CBM-CEU). Professora convidada do Programa de Mestrado Profissional em Ensino das Práticas Musicais da UNIRIO (PROEMUS). Professora dos cursos de Licenciatura em Música e coordenadora pedagógica da Especialização em Educação Musical do CBM-CEU (parceria FLADEM/Fladem Brasil e CBM-CEU). Desde 2019, é membro do Music Education Policy Group (MEP), presidido pelo Arts Council England. Professora convidada do Departamento de Música da Pontificia Universidad Javeriana, Bogotá, Colômbia (2022-2023). Integra a equipe do projeto El arte como integrador de contenidos escolares (Universidad Nacional de Villa María, Córdoba, Argentina) e é membro permanente do Consejo Asesor de la Cátedra Libre de Pensamiento Pedagógico Musical Latinoamericano (Universidad Nacional de las Artes, Buenos Aires, Argentina). Foi Presidente do FLADEM (2019-2023), Diretora Técnico-Cultural do CBM-CEU, de 2010 a 2014, e Presidente do Fladem Brasil (2013-2017). Cantora com experiência em canção popular, música coral e no uso da voz na prática educacional. Desenvolve pesquisa sobre formação de professores, autonomia e a expressão criadora em Música e Educação. Coordena o projeto de extensão “Cecilia Fernandez Conde: musicista, educadora e pesquisadora brasileira” (CBM-CEU).
Marcos Nogueira
Professor Titular do Departamento de Composição da UFRJ e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Música da mesma instituição. Pesquisador atuante nas subáreas de Composição Musical, Cognição Musical e Teoria da Música, publicando trabalhos em torno do viés da “cognição incorporada” aplicada aos processos criativos musicais. Foi membro diretor da Associação Brasileira de Cognição e Artes Musicais (ABCM, 2008-2023), da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM, 2011-2013) e da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM, 2018-2022). Foi editor de Percepta – Revista de Cognição Musical (ABCM), de 2013 a 2023. Desde 1987, atua regularmente como compositor, arranjador, regente e instrumentista, dedicando-se tanto à produção de música acadêmica quanto de canção popular. Trabalhou, desde 1983, com musicalização e formação básica em música, na Escola de Música Villa-Lobos/SEC-RJ, instituição que dirigiu de 1995 a 1998. Desde 1999, vem desenvolvendo com Adriana Rodrigues livros pedagógicos para a capacitação de professores da Educação Básica.
“A expressão musical não prescinde da autenticidade de cada um. E ao explicitar esta autenticidade a música revela seu papel valioso de mediação em uma educação verdadeiramente contextualizada.”
Os autores
Sons & Expressões